O Özil do Olival

São muitas as comparações que florescem no Olival para caracterizar os enormes talentos que a Invicta têm produzido. Figuras como Moutinho ou Deco já surgiram para enaltecer as qualidades de Vitinha. Valem o que valem e, com as devidas distâncias, servem para alegrar a mente dos dragões.
Recentemente, Fábio Vieira têm protagonizado momentos de genialidade e astúcia pura nos terrenos por onde passa. Digno de uma referência por parte do jornal espanhol “Marca” onde se refere a “um futebolista diferente” que “faz assistências de três em três”.
Desde a entrada quase a “full time” de Vitinha no onze inicial do FC Porto, a personalidade de ataque dos comandos de Sérgio Conceição mudou. Passou a reinar a contemporização dos tempos de jogo, assertividade nos envolvimentos e desmarcações e a leitura ideal das circunstâncias de cada quadrado do relvado jogado. O médio portista faz tudo isto na perfeição. Além de todo o coletivo beneficiar desde cérebro moderno, Fábio Vieira galvaniza o seu talento de uma forma muito mais preponderante.
Apesar de, aparentemente, não existir uma relação óbvia entre estes dois acontecimentos, a calma de um proporciona a irreverência do outro. Ou seja, os números que o médio ofensivo portista apresenta (1 assistência realizada a cada 69 minutos dentro dos relvados da Liga Bwin, de acordo com dados da Transfermarkt), resultam da fluidez responsável que Vitinha concede à equipa. Promotora de uma criatividade ofensiva que só o número 50 dos dragões consegue dar.
Os tempos gloriosos de Mesut Özil em Madrid lembram o que é hoje o Fábio Vieira. Aquele tipo de jogador que a qualquer momento pode fazer algo de verdadeiramente diferenciado. Um mágico com a varinha nos pés. Daqueles médios ofensivos que talvez já não exista entre os demais. Predestinado para ditar o curso do jogo a seu belo prazer, momentos técnicos de uma frieza brutal e uma genialidade simplista que regala o olho de qualquer adepto de futebol.
Vasco Almeida
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